Asteroide

Maria Cunitz e a revisão dos cálculos das tabelas de Kepler

A publicação da obra Astronomia Nova, no ano de 1609, pelo astrônomo alemão Johannes Kepler, constitui a base do que hoje conhecemos como astronomia kepleriana, mais especificamente a primeira e segunda leis. A terceira lei seria apresentada posteriormente na obra A Harmonices Mundi, em 1619.
Astronomia Nova foi produzida tendo como referência 10 anos de observações do astrônomo dinamarquês Tycho Brahe que investigou o movimento dos planetas e particularmente o movimento aparente de Marte.
 

Memorial a Maria Cunitzem frente à entrada do Early Commerce Museum em Ratusz, Polônia
Memorial a Maria Cunitzem frente à entrada do Early
Commerce Museum em Ratusz, Polônia
WIKIMEDIA COMMONS

Kepler anuncia suas descobertas em três leis: Os planetas se movem em órbitas elípticas com o sol como foco; O centro do sol e o centro de um planeta varrem a mesma área em intervalos iguais de tempo; A quantidade de tempo que um planeta leva para orbitar está diretamente relacionada à sua distância do sol. As três leis de Kepler não foram adotadas pela maioria dos astrônomos da época, inclusive Galileu.
Mesmo após encontrar falhas nas tabelas propostas por Kepler para o cálculo das posições planetárias, Maria Cunitz via no trabalho de Kepler teorias físicas que seriam a vanguarda de estudos futuros e decidiu corrigir e simplificar os cálculos propostos por Kepler em suas tabelas.